O meu método para “caçar” promoções (e os 3 erros que a maioria comete)

Cansado de falsas promoções? Partilho o meu método pessoal para planear as compras, evitar as armadilhas de marketing e poupar a sério no supermercado. Espero que a minha experiência também te possa ajudar.

Pexels Artem Beliaikin Scaled

Se estás aqui, provavelmente és como eu: adoras a sensação de fazer um bom negócio. Para quê pagar o preço original, se com um pouco de estratégia podemos comprar o mesmo produto com um belo desconto?

O problema é que os supermercados sabem disto. Somos bombardeados com termos como “oportunidade”, “só hoje”, “imperdível”, muitas vezes com figuras públicas a garantir que é o preço mais baixo. É uma competição feroz pela nossa atenção. E embora possamos tirar partido disso, também é muito fácil cair nas armadilhas de marketing.

Ao longo de anos a otimizar o meu orçamento familiar, desenvolvi um método. Uma forma de pensar e de agir que me permite separar o “ruído” das verdadeiras oportunidades. E é esse método que vou partilhar contigo.

A mudança de mentalidade: os 3 erros que eu deixei de cometer

Antes de qualquer tática, a verdadeira poupança começa na nossa cabeça. Deixei de ser enganado por “descontos” quando interiorizei estas três regras.

Erro 1: Olhar para a percentagem em vez do preço final

A primeira coisa que o nosso cérebro vê é “50% de DESCONTO!”. É tentador. Mas aprendi a ignorar isso. A única pergunta que importa é: “Este produto vale os X euros que vou pagar por ele?”

  • A minha regra de ouro: Eu foco-me apenas no preço final. Se um casaco de 100€ está a metade do preço, os meus “óculos de poupadinho” não me dizem que estou a poupar 50€. Dizem-me que vou gastar 50€. E aí pergunto-me: “Eu preciso mesmo de um casaco que justifica gastar 50€ agora?” Muitas vezes, a resposta é não.

Erro 2: A obsessão por completar a caderneta de selos

Já todos passámos por isto. Faltam 20€ em compras para ganhar o último selo para aquele faqueiro “grátis”. A tentação de comprar algo extra, que não estava na lista, é enorme.

  • A minha experiência: Dei por mim a gastar mais 20€ em coisas que não precisava para “ganhar” um prémio que, se calhar, nem valia esse valor. Na prática, estava a pagar pelo prémio na mesma. Hoje, só pego nos selos se as minhas compras normais os justificarem. A caderneta é um bónus, nunca o objetivo.

Erro 3: Cair na armadilha das “ilhas da tentação”

Os supermercados são desenhados por especialistas para nos fazer gastar. Aquelas ilhas de promoções logo à entrada? São o principal campo de batalha.

  • O que eu faço: Ignoro-as. Vou sempre diretamente à secção específica do produto que procuro. É lá que consigo comparar o produto em promoção com as outras marcas e as marcas brancas, e tomar uma decisão informada, longe da pressão e do destaque artificial da entrada da loja.

O meu plano de batalha para as compras semanais

Com a mentalidade certa, a execução torna-se muito mais fácil. Este é o meu processo passo a passo.

1. O trabalho de casa: planear é poupar

Nunca vou às compras sem um plano. É o equivalente a ir para uma batalha sem um mapa.

  • Consulto os folhetos: Tiro 15 minutos para ver os folhetos da semana aqui no Poupa Pilim. Vejo onde estão as melhores promoções para os produtos essenciais que preciso.
  • Fico atento às antevisões: Por vezes, vale mais a pena esperar pela semana seguinte para comprar certos produtos. Estar informado dá-me poder de decisão.

2. A caça no terreno: táticas dentro do supermercado

Com a minha lista na mão, o foco é a eficiência.

  • Procuro os descontos de validade curta: Especialmente na carne e no peixe, as etiquetas de 30% ou 50% em produtos perto do fim da validade são uma mina de ouro. A minha arca congeladora é a minha melhor amiga. Em vez de pagar 4,99€/kg por peitos de frango, pago 2,99€/kg. É uma poupança de 2€ que, na minha cabeça, se transforma numa “mnemónica de poupança”:“Cada euro que poupo aqui dá para fazer 10 km de carro.” Esta poupança de 2€ acabou de me pagar 20 km de gasóleo.
  • Comparo com o tradicional: É muito prático pegar numa embalagem de carne já feita. Mas eu perco dois minutos na fila do talho. Porquê? Porque muitas vezes o preço por quilo é mais baixo e, mais importante, peço exatamente a quantidade que preciso, evitando desperdício.
  • Alternativa online: Já temos lojas online como o Continente Online ou o Pingo Doce, que nos permite garantir que estamos a poupar ao máximo. Basta ordenar os produtos por “preço por Kg” e assim podemos comprar em mais quantidade poupando ao máximo. Não ir ao supermercado físico também é um bom método para evitar comprar coisas demais. É mais fácil controlar a lista em casa.

3. A regra de ouro: quando uma promoção é boa, compro em quantidade

Se uma promoção é realmente boa, o produto não é perecível e eu sei que o vou consumir, ataco sem piedade.

  • O meu exemplo clássico é o café: Uma caixa de cápsulas compatível custa, em média, 0,20€/cápsula. Em promoção “Leve 3 Pague 2”, o preço baixa para cerca de 0,13€/cápsula. Se eu comprar 30 caixas (um stock para vários meses), a poupança é superior a 20€. É o equivalente a mais de 200 km de “viagens de borla“.

Espero que este meu método te seja útil. Ser um “caça-promoções” não é ser forreta; é ser inteligente com o nosso dinheiro, que tanto nos custa a ganhar.

Se o teu objetivo é levar a poupança ainda mais longe, podes ler o meu guia com 9 truques simples para poupar dinheiro em 2025.

Obrigado por estares comigo nesta jornada. Boas poupanças!


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